Quem
saberia uma fórmula mágica para que os alunos aprendam a gostar de ler e
escrever? O aprendizado da leitura e escrita ainda representa
para muitos docentes um problema, sobretudo em termos do conteúdo a ser
ensinado e o modo como este deve ser ensinado.
Um fator importante é a crença do professor de que o
aluno pode aprender independente de sua condição social.
"A criança lê pelos olhos do
professor - porque ainda não pode fazer isso sozinha, mas vai se familiarizando
com a linguagem escrita". (Patrícia Dias – CEDAC, SP).
Ouvir os alunos é fundamental, assim,
podemos um pouco conhecê-los e com isso desafiar suas potencialidades, sua
imaginação, levantar sua auto-estima na busca de autoconfiança, não esquecendo
que o professor primeiramente deve transmitir essa confiança ao mesmo.
Por vez ou outra, devemos deixar o
aluno “à vontade”, o deixar escrever o que ele goste seja dele mesmo, da
família, amigos ou da escola, na leitura, porém devemos ter mais cuidado, pois
se deve analisar o que irá ler para não ser prejudicial ao seu aprendizado e a
sua vida. Podemos crer que em algum momento de sua vida ele irá se interessar
pela leitura ou escrita, mas nós educadores e família nunca podemos deixar de
incentivá-los, de instruí-los de quão é importante e será para sua formação.
Muitos se perguntam sobre a leitura,
“hábito ou gosto?” Deve se criar, incentivar ao hábito para então aos poucos
sentir gosto pela leitura “pela viagem”, “pela aventura”, pelas emoções que ela
nos dá, com ela conhecer histórias e estórias, palavras que nunca havíamos
ouvido ou lido, e palavras essas que são acrescidas ao nosso vocabulário e que
certamente lembraremos-nos delas na hora de descrever ou argumentar sobre algo.
Ler encanta e nos leva ao
universo do conhecimento humano. A invenção da escrita transformou a vida da
humanidade, pois permitiu o diálogo que transcendem o tempo e o espaço. Não há
um único caminho para se apropriar da leitura, porém, todos levam a ampliação
da experiência humana.
Deu-se ao menino o trabalho de subir a encosta. E quando chegou lá em
cima o que viu ele? Nem a sorte nem a morte nem as tábuas do destino, era só
uma flor, mas tão caída, tão murcha que o menino se achegou de cansado, e como
esse menino era especial de história, achou que tinha que salvar a flor. (A Maior Flor do Mundo – José
Saramago).
Quem nunca leu algo tão
fascinante e cativante assim? A leitura nos instiga a buscar, a querer mais e
mais, ir além. Ler é compreender, saber ler implica sempre em compreensão do
conteúdo da escrita. Ler é bom porque enriquece nossos conhecimentos. Estimula a imaginação,
a criatividade e com certeza quem lê escreve melhor.
-Carla Raimondi